Idson Ricart - E Nu, Nasce ou Não?

Eu vira um país cheio de piranhas
De um povo alienado e contente
Ladrões em liberdade nos seus jatos fugiam
E lá fora, gastava o dinheiro dessa gente
Se os senhores deste estado nos dessem a igualdade
Com certeza o real seria um povo forte
Mas existem políticos safados
Destinando as nossas vidas à própria sorte
Mátria mamada ao dólar atada
Salve se quem puder!

Alguns de um sono imenso e outros sóbrios
De passos curtos um dia a gente aprende
Que em teu famoso chão de donos sórdidos
Importa o futebol que a gente entende
Gingante pela propina avareza
É bola, é festa e pobre rói o osso.
Se no presente espalha a malvadeza
Terra atolada
O gringo riu de tu brasil
Mátria mamada
Pros filhos destes migalhas o mão hostil
Mas o dólar subiu.

Deitada és terna amante em beijo esplêndido
Em pé não se segura um só segundo
Fugaz abriu as pernas pro mercado estrangeiro
E levou pau por trás
Pro povo do velho mundo
Deixaram a nossa terra cara
Em carne viva
E os bisonhos índios fracos e sem cores
A nossa mata destruída
E nossas vidas em completos dissabores.
Mátria mamada ao dólar atada
A selva salve!

Mas temos um humor explícito e o símbolo
É labaredas que esquenta ovos estrelados
Mas diga ao ver um louco em tua fórmula
Transformar o futuro em matéria prima do passado.
Pois envergaram a justiça aos banqueiros
Não um filho teu que só labuta
Quem tem é quem te rouba mais dinheiro
Terra atolada
O gringo riu de tu brasil
Mátria mamada
Pros filhos destes migalhas o mão hostil
Mas o dólar subiu.